sexta-feira, 5 de julho de 2013

Persona (Quando Duas Mulheres Pecam)

Antes do início da história, equipamentos de cinema projetam várias imagens rápidas que mostram crucificação, um pênis ereto, uma aranha, trechos de uma comédia de cinema mudo (visto pela primeira vez em Prison (1949), um homem prisioneiro em um quarto, entre personificações da Morte e do Diabo), e o abate de uma ovelha. Por último, uma cena mais longa com um menino que acorda num hospital próximo de cadáveres, lendo o livro de Michail Lermontov chamado Um herói de nosso tempo ("Vår Tids Hjälte" no filme), e depois acaricia uma imagem borrada do rosto de Elisabeth e/ou Alma.

A história principal começa quando a enfermeira Alma é escolhida para cuidar de Elisabeth Vogler, uma atriz que surtara em uma de suas apresentações. Apesar de Elizabeth ser tida como catatônica, ela reage com extremo pânico ao ver na televisão um monge budista se auto-imolando. 

As duas vão para uma casa da administradora do hospital para que Elisabeth possa se comunicar normalmente. A princípio Alma era a enfermeira que deveria analisar e cuidar de sua paciente,porém Alma se torna a própria paciente, confidenciando seus segredos carnais- sua traição e seu aborto- como uma forma de quebrar o silêncio de sua paciente. O conflito origina-se quando Elisabeth escreve uma carta para o hospital, confidenciando o segredo de Alma, esta fica furiosa e agride verbalmente e fisicamente a paciente, nessa cena o silêncio de Elisabeth se quebra e ela com medo de morrer grita. No decorrer do filme Alma fica em constante monólogo, porém esta consegue desvendar alguns mistérios, como a motivo que levou o silêncio repentino da atriz. Persona é um filme que retrata de forma bastante reflexiva e complexa as máscaras que o ser humano usa em sua vida, a ponto de não mais reconhecer a sua real face.


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