Freud chamou o sintoma de formação de compromisso, compromisso que a pessoa elabora entre sua problemática inconsciente e suas defesas, ele é o retorno do que foi reprimido. E se o sintoma faz o sujeito sofrer, porque ele tem dificuldade de renunciar a isso? Ora, porque ele é uma solução de compromisso que se inscreveu no processo de construção do sujeito. É como se fosse a marca que o identifica, sua assinatura. Sendo assim, é difícil que alguém abra mão disso, “sob pena de se separar de uma parte dele mesmo”.(Andreneide Dantas)
Você já reparou como tem pessoas que vivem alimentando a sua dor? E que fazem questão de permanecerem deprimidas e doentes? Esses são os casos mais graves. Mas é natural do ser humano querer 'gozar' (psicanaliticamente falando) o sintoma. Infelizmente, e de uma forma inconsciente, o sujeito não quer abrir mão de seu sintoma porque sente que o sintoma dá a ele uma identidade, e pensa que ao perder o sintoma vai perder a sua identidade. É preciso trabalhar isso em análise para que possa então sair desse círculo vicioso. (Wally Martins)
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