domingo, 14 de julho de 2013

A Dor de Cabeça Sob a Ótica Psicanalítica

por Wally W. Martins

Do ponto de vista da psicanálise, dor de cabeça é ódio reprimido. A dor de cabeça, no sentido próprio é uma forma de tirar o foco mental

No ódio, a parte mental e racional, ficam como que procurando uma vingança. Esta forma de pensar é muito destrutiva. E sobrecarrega o sistema psíquico porque uma destrutividade tão forte, só pode ser efetuada por um ser muito forte também. Isto provoca uma inflação do Ego. 

É muita energia concentrada no próprio sujeito. E nisso surge um aspecto sádico-narcisista que tende a um surto psicótico. E o corpo de um Ego, que seja parcialmente saudável não quer isso.
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Como que sendo uma punição, surgem sensações de mal estar, que o aparelho psíquico provoca, disparando a pituitária, que dispara as glândulas supra renais e liberam na corrente sanguínea, adrenalina e cortisol. Isso acelera o coração e contrai os vasos sanguíneos, o que pode causar um pequeno ferimento em algum capilar, pelo aumento de pressão sanguínea, nas meninges ou próximo do nervo ótico, o que resulta na dor de cabeça, ou enxaqueca. 

Isso explica bem a lateralidade da enxaqueca, ou porque pode durar dias, ou porque é recorrente, quando sua origem pode estar em um conteúdo reprimido no inconsciente desde a infância, ou gestação. 

Claro que fora isso, existem fatores orgânicos que podem ser detectados em exames de imagem. 

Para o psicanalista Groddeck a doença sempre tem um objetivo. 

Assim como Freud colocou que o sintoma é o deslocamento do reprimido, durante a vigília. 

Então, em Groddeck há a afirmação de que se um paciente sofria de dores de cabeça, estas o impediam de refletir e de pensar. 

O objetivo da doença, portanto, deveria ser justamente esse. Entendem? A dor aparece para mascarar o pensamento!!! 

Em Freud, há um aprofundamento colocando a dor de cabeça como um desejo reprimido deslocado. Há um entendimento que o inconsciente é simultaneamente psíquico e somático. 

Goleman nos diz que o estudo confirma que as emoções perturbadoras fazem mal à saúde em certa medida. Descobriu-se que pessoas que sofriam de ansiedade crônica, longos períodos de tristeza e pessimismo, apresentavam doenças como asma, artrite, dores de cabeça, úlceras pépticas e males cardíacos. 

Em um artigo sobre a co-relação da enxaqueca e a psicossomática, li que Johnson e muitos outros psicanalistas deram especial atenção às enxaquecas. Nelas o pano de fundo emocional caracteriza-se por raiva e hostilidade intensas, crônicas e reprimidas, e sua função é proporcionar alguma expressão ao que não pode ser expresso ou mesmo admitido diretamente

As enxaquecas são investidas agressivas ou ataques vingativos e tendem a ocorrer em situações de intensa ambivalência emocional, ou seja, em relação a indivíduos que são ao mesmo tempo amados e odiados. 

Como cita Sacks, as enxaquecas surgem não como expressões de um distúrbio emocional agudo, mas como expressões de necessidades emocionais crônicas e, em geral, reprimidas

Então fica a dica: se você tem dores de cabeça que não sejam de origem orgânica, e quer se livrar delas, não reprima emoções assim, e de preferência, faça análise ;)

sábado, 13 de julho de 2013

Um Divã Para Dois - Filme

O Dr. Feld (Steve Carell) é um famoso terapeuta de casais que já resolveu muitos casos bem complicados. 

Quando Kay (Meryl Streep) finalmente consegue arrastar seu teimoso marido Arnold (Tommy Lee Jones) para o divã do Dr. Feld, nunca mais nada será como antes, pois dividir o mesmo divã com o marido será muito mais complicado do que dividir a mesma cama.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Um Método Perigoso

A história baseia-se na peça The Talking Cure, de Christopher Hampton, que romanceia fatos e acompanha a relação dos pais da psicanálise, Jung e Freud, com a russa Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma das primeiras mulheres psicanalistas da história, que foi paciente no hospital onde Jung trabalhava, em Zurique.

A Culpa Inconsciente gerada pelo Superego


A função exercida pelo Superego foi outrora desempenhada pelos pais. A criança enxerga os pais como cuidadores e compreende esse cuidado como amor, então quando é castigada ou repreendida, a criança sente medo e ansiedade porque acredita que pode perder esse amor. Assim o ego frágil da criança reconhece nos pais uma autoridade moral que deve ser admirada e obedecida. Com isso há um processo de identificação entre os dois egos e a criança começa a se comportar como os pais. A partir daí dá-se a criação de uma instância (superior) dentro do ego - a qual chamamos de Superego. (Wally Martins)


domingo, 7 de julho de 2013

Paradigmas Mudam!

Paradigmas mudam!
Devem mudar.
Evoluem!

Voltando...
Em Aristóteles (lá por 300 aC: Atenas, Grécia), líamos:
“...a paixão (phatos) e o desejo significam o fato de sofrer a ação de um agente externo, conduzindo, assim, à ideia de passividade”.
Em Descartes (lá por 1600: Paris, França), líamos:
“...penso, logo existo” (“Cogito, ergo sum”).
Ceticismo científico. Consciente comanda!

Indo...
Em Freud (lá por 1900: Paris/Viena, França/Áustria) líamos:
“...o inconsciente é a força (bela) intrínseca que faz com que o homem não coincida consigo mesmo”.
O Discurso do DESEJO e da PULSÃO. Inconsciente comanda forte!

Vindo...
Em Lacan (lá por 1973: Paris, França) lemos:
“Penso onde não sou, portanto sou onde não penso”.
Brinca com Descartes.
Impõe a clivagem do sujeito.

Venha...
Paradigmas? Mudemos!
Devem mudar.
Evoluamos!
“Derrame o Id no Ego e afogue o superego com bolhas de vida”
Sinta! Voe!
(Marcos Castro)


Provocar Amor

"Provocar amor não é igual a cobrar e esperar que o outro me ame. Depende de nós e não do outro. Um encontro entre duas pessoas, uma relação amorosa, pode ocorrer quando cada uma consegue provocar amor na outra. Para isto é necessário abandonar a expectativa de ser amado. Trata-se de um paradoxo interessante: Para encontrar o amor de outra pessoa é preciso se convencer da solidão." (Márlio V. Nunes)




sábado, 6 de julho de 2013

Derrame!


Alguém toma um saboroso Porto!
Seria o Vinho (Ahh... a Metonímia...da linguística)?
Arde...! Derrama ...!
Seria o cálice (Ahh... a Metáfora...da linguística)?
Isso.
O Inconsciente lacaniano.
Proveniente de noções de Ferdinand de Saussure de significante e significado.
O nosso. O de cada um.
Lindo o inconsciente na análise do discurso de Lacan.
Uma das marcas de Lacan em seu retorno a Freud é o estabelecimento de uma estrutura para o inconsciente e os desdobramentos que a nova abordagem permitiu.
Lacan formalizou os mecanismos de condensação e deslocamento, visando estabelecer um diálogo com a Linguística, obtendo assim uma ideia mais ampla sobre o funcionamento do inconsciente.
Tome!
Derrame!
Sinta!
Viva!
(Marcos Castro)


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